É aceito que o Espírita deve viver ao lado de seus contemporâneos, submetido às tensões e tentações de seu tempo sem, contudo, compactuar com a loucura reinante. Não há lugar no Espiritismo para vida reclusa e contemplação improdutiva, nem fuga das tentações do mundo e isolamento dos "pecadores".
O Espírita enfrentará suas fraquezas no calor das batalhas da vida. Conviverá com o erro combatendo-o, amparando a vítima e perdoando o algoz. Cairá por sua ignorância, reerguendo-se para seguir aprendendo mais. Suportará o conflito íntimo do "homem velho" que teima em dormir nas trevas e o "homem novo", que busca seguir para a luz.
E, para vencer tal desafio, é preciso dispor de uma força considerável e uma disposição imorredoura. Não é à toa que Emmanuel, interrogado por Chico Xavier sobre os itens necessários para o sucesso moral, respondeu, sem rodeios: Disciplina, disciplina e disciplina.
Oremos, vigiemos e perseveremos, solicitando o auxílio do Alto, cuidando de nossas ações aqui no plano material e exercitando a disciplina, para repetir amanhã a boa-vontade em crescer que nos felicitou hoje.
Republicação do Editorial 02/2022